o que são os santos baluartes
É uma tradição bastante comum e muito segura das Novas Comunidades, recorrerem a um, ou a vários Santos Baluartes, desfrutando assim de toda a mística que estes desenvolveram em seu relacionamento com Deus.
De acordo com o dicionário da língua portuguesa, a palavra “baluarte” significa “pessoa ou lugar que oferece apoio no perigo”. Os Santos Baluartes de uma Nova Comunidade não são apenas santos de devoção, que intercedem pelas diversas necessidades da obra, mas também, verdadeiros mestres espirituais que nos conduzem a intimidade com o Senhor. Dando-nos força para a busca constante da santidade e fidelidade ao chamado do carisma para nós.
Com eles aprendemos a nos relacionar com a Igreja, servindo-a com amor, comunhão e obediência. A mística e as virtudes de cada Santo Baluarte, somado com a “experiência do carisma das novas comunidades”, irão proporcionar as novas fundações a vivência de sua autêntica espiritualidade, a fraternidade, o apostolado, e sua relação com Maria Santíssima, a Eucaristia e os demais sacramentos.
Através da formação, devemos nos aprofundar na vida e na espiritualidade de cada Santo Baluarte, conhecendo suas obras e sua santidade. A falta deste aprofundamento na vida “destes apoios espirituais” para nossas comunidades poderá gerar o empobrecimento em cada dimensão vital de uma Nova Comunidade. Eles devem inspirar o Carisma.
nossa senhora das graças
Desde o início da Igreja, Maria sempre foi vista como “portadora das graças”. Porém, o título “Nossa Senhora das Graças” surgiu num determinado tempo da história e num local específico. Estamos falando das 17 horas e 30 minutos do dia 27 de novembro de 1830, na Rua Du Bac, 140, em Paris, França. Catarina Labouré, então noviça da Congregação de São Vicente de Paulo, foi até à capela impelida para rezar. Estando em oração, teve uma visão da Virgem Maria, que se revelou a ela como Nossa Senhora das Graças.
Compreendemos que o título Nossa Senhora das Graças está intimamente ligado à revelação da Medalha Milagrosa. Porém, as graças distribuídas por Nossa Senhora não dependem do uso da Medalha e sim de pedir a ela com fé e devoção. Tanto que, em outra aparição, Nossa Senhora se queixou a Santa Catarina Labouré dizendo: “Tenho muitas graças para distribuir… Mas as pessoas não me pedem…”
É interessante lembrar que Nossa Senhora é despenseira, ou seja, uma “distribuidora” de graças. As graças são de Deus e só Ele pode dá-las. Mas, em sua misericórdia, o Senhor escolheu distribui-las pelas mãos de sua mãe, Maria. Esta é a maravilha da nossa fé. Milhões de graças estão nas mãos de Nossa Senhora e ela quer distribuí-las a seus filhos. É vontade de Deus que assim seja. Por isso sempre pedimos a ela, com fé. São Bernardo de Claraval dizia que “Nunca se ouviu dizer que ela não atendeu a quem pediu com fé.”
Assim a Comunidade recebe Nossa Senhora com este titulo, a qual dedicamos nossa Capela, pedindo que Ela seja também para o Carisma uma intercessora das graças santificantes.
são bento
A Regra Beneditina, devido a sua eficácia de inspiração que formava cristãos santos por meio do seguimento dos ensinamentos de Jesus e da prática dos Mandamentos e conselhos evangélicos, logo encantou e dominou a Europa, principalmente com a máxima “Ora et labora”. Para São Bento, a vida comunitária facilitaria a vivência da Regra, pois dela depende o total equilíbrio psicológico; desta maneira, os inúmeros mosteiros, que enriqueceram o Cristianismo no Ocidente, tornaram-se faróis de evangelização, ciência, escolas de agricultura, entre outras, isso até mesmo depois de São Bento ter entrado no céu com 67 anos.
Diante da decadência – também moral e espiritual –, o jovem Bento abandonou todos os projetos humanos para se retirar nas montanhas da Úmbria, onde dedicou-se à vida de oração, meditação e aos diversos exercícios para a santidade. A Comunidade Fidelidade assume esta postura de vida santificante em nosso Carisma.
A regra de São Bento baseada em ensinamentos escritos por ele e tinha como objetivo formar os jovens cristãos de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo e prática dos mandamentos. Acreditava-se que através dessa regra e a vida comunitária e não individual era mais fácil atingir a perfeição. Isso clareia muito o nosso Carisma Fidelidade.
Além disso, a Regra de São Bento deixava todos bem à vontade e era aplicada e moldada de acordo com a capacidade e limitações de cada um. “Oração e trabalho” era o seu lema principal onde a oração era transformada em trabalho e o trabalho em oração, através da fé e da obediência.
A medalha de São Bento é um dos maiores símbolos e heranças deixadas por esse santo e seus significados e simbologia são de extrema importância para a Igreja Católica e para todos os seus devotos que a veneram com fé e amor.
As primeiras medalhas foram confeccionadas dentro do Mosteiro Cassino e como símbolo principal carregam a cruz, muito usada por Bento em diversas situações de sua vida, inclusive naquelas em que evitou por várias vezes a sua morte. Para Bento, o sinal da cruz era como um sinal de coisas boas sendo feitas, um sinal de vitória contra o mal e a morte. A medalha faz assim, parte de nosso Sinal de pertença.
santo antonio
Santo Antônio nasceu em Portugal, na cidade de Lisboa, no fim do século XII, em 1195. Seus pais eram muito religiosos e o educaram com muito carinho na fé da Igreja. Seu nome de batismo era Fernando, e desde muito pequeno acompanhava os pais nas celebrações religiosas na Catedral.
Ainda menino, foi encaminhado para a escola dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, onde recebeu boa formação humana e educação cristã aprimorada. Segundo biografias, o menino foi consagrado pela mãe à Santíssima Mãe de Deus, o que explica muita coisa, como o fato de sempre estar “voltado para o Alto”. Assim, foi crescendo em sabedoria e graça, servindo ao Altar de Deus como acólito.
É-nos ensinado que a Divina Providência age sempre, e sempre para um bem. Por isso, a dor do afastamento familiar foi sanada para a Maior Glória de Deus. Acontece que o mosteiro para o qual foi transferido ficava perto de um convento franciscano. Certo dia, por lá passaram cinco dos filhos de São Francisco, que estavam indo ao Marrocos pregar Cristo aos Maometanos. Em Marrocos foram martirizados, e seus restos mortais foram mandados para o mosteiro onde Fernando residia. Tal feito heroico por amor a Deus surpreendeu o jovem, que havia se tornado sacerdote, por isso ele pediu dispensa da ordem dos agostinianos, para entrar para a dos Frades Menores.
Em 1221 ele é admitido na Ordem Franciscana, recebendo o afinal nome “Frei Antônio” e vestindo o hábito de São Francisco, com o grande sonho de poder morrer mártir também.
Sendo o primeiro grande teólogo franciscano. Pregou aos grandes e aos pequenos, ao Colégio Cardinalício e aos hereges e judeus. Sua pregação, que acompanhava sua vida santa e seus milagres, era tão eficaz que multidões se convertiam à Fé. Refutava tão bem os infiéis – com palavras e atos – que ficou conhecido como “O Martelo dos Hereges” (e não ‘santo casamenteiro’).
Combateu heresias que contestavam o valor de toda a vida, a autoridade da Igreja e a própria Natureza de Deus. Não só proclamou o Evangelho, mas também o viveu plenamente, de modo que sua própria vida atestava a profunda verdade de suas palavras. Sua eloquência não era pela força das palavras, mas da Verdade. Por isso e pelo seu desejo de martírio, foi proclamado Doutor da Igreja e Confessor, em 1946, pelo papa Pio XII.
Santa Teresa
A Comunidade tem como exemplo da vida de santidade aquela que mereceu ser proclamada “Doutora da Igreja”. Santa Teresa de Ávila (também conhecida como Santa Teresa de Jesus). Teresa nasceu em Ávila, na Espanha, em 1515 e foi educada de modo sólido e cristão, tanto assim que, quando criança, se encantou tanto com a leitura da vida dos santos mártires a ponto de ter combinado fugir com o irmão para uma região onde muitos cristãos eram martirizados; mas nada disso aconteceu graças à vigilância dos pais.
Santa Teresa deixou-nos várias obras grandiosas e profundas, principalmente escritas para as suas filhas do Carmelo : “O Caminho da Perfeição”, “Pensamentos sobre o Amor de Deus”, “Castelo Interior”, “A Vida”. Morreu em Alba de Tormes na noite de 15 de outubro de 1582 aos 67 anos, e em 1622 foi proclamada santa.
O seu segredo foi o amor. Conseguiu fundar mais de trinta e dois mosteiros, além de recuperar o fervor primitivo de muitas carmelitas, juntamente com São João da Cruz. Teve sofrimentos físicos e morais antes de morrer, até que em 1582 disse uma das últimas palavras: “Senhor, sou filha de vossa Igreja. Como filha da Igreja Católica quero morrer”.
No dia 27 de setembro de 1970 o Papa Paulo VI reconheceu-lhe o título de Doutora da Igreja. Sua festa litúrgica é no dia 15 de outubro. Santa Teresa de Ávila é considerada um dos maiores gênios que a humanidade já produziu. Mesmo ateus e livres-pensadores são obrigados a enaltecer sua viva e arguta inteligência, a força persuasiva de seus argumentos, seu estilo vivo e atraente e seu profundo bom senso.
O grande Doutor da Igreja, Santo Afonso Maria de Ligório, a tinha em tão alta estima que a escolheu como patrona, e a ela consagrou-se como filho espiritual, enaltecendo-a em muitos de seus escritos.
são joão paulo ii
São João Paulo II (Karol Józef Wojtyła, 18 de maio de 1920— 2 de abril de 2005) foi o papa e líder mundial da Igreja Católica Apostólica Romana e Soberano da Cidade do Vaticano de 16 de Outubro de 1978 até a sua morte. Teve o terceiro maior pontificado documentado da história; depois dos papas São Pedro, que reinou por cerca de trinta e sete anos, e Pio IX, que reinou por trinta e um anos. João Paulo II foi aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX. Teve um papel fundamental para o fim do comunismo na Polónia e talvez em toda a Europa.
A espiritualidade mariana do grande São João Paulo II o levou a uma vida inteiramente dedicada a Deus, principalmente os seus mais de 25 anos de pontificado, um dos mais longos da história da Igreja. Olhando para a vida de João Paulo II, este santo dos nossos dias, podemos aprender a espiritualidade que o fez de um dos Papas mais extraordinários de todos os tempos e que o elevou rapidamente à glória dos altares.
A obra que marcou profundamente a vida e consequentemente a espiritualidade de Karol Wojtyla foi o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, de São Luís Maria Grignion de Montfort. Falando às Famílias Monfortinas, o Papa João Paulo II disse que o Tratado é um “texto clássico da espiritualidade mariana”, que teve singular importância em seu pensamento e em sua vida. Segundo o Santo Padre, o Tratado é uma “obra de eficiência extraordinária para a difusão da ‘verdadeira devoção’ à Virgem Santíssima”.
Santa faustina
Quem não se desespera diante de seus pecados, mas confia na misericórdia de Deus, como o filho pródigo, e pede a Deus perdão, arrependido, alcança o perdão de seus pecados. A divina Misericórdia é a última tábua de salvação que Deus oferece ao mundo atual, segundo Santa Faustina.
Santa Maria Faustina Kowalska, nasceu em Cracóvia (1905-1938), foi uma freira e mística polaca, contemporânea do Beato João Paulo II. Escreveu um longo diário, assistida por Jesus, que a chamou de a Apóstola (Diário, n. 1142) ou Secretária da Divina Misericórdia (965, 1160, 1275, 1605, 1693, 1784).
É considerada pelos teólogos como fazendo parte de um grupo dos mais notáveis místicos da Cristianismo. Sua missão foi preparar o mundo para a segunda vinda de Cristo (nn. 429, 625, 635, 1155, 1732; cf. 848), pregando a divina misericórdia.
Entre muitas devoções, Jesus ensinou a Santa Faustina o Terço da Misericórdia e pediu que o espalhasse pelo mundo; graças a Deus se espalhou; é uma fonte de graça e de misericórdia, especialmente para os moribundos. Ela pede que este Terço seja rezado de preferência às três horas da tarde, diante do Santíssimo Sacramento, fazendo-se em seguida uma meditação sobre a Paixão e Morte do Senhor.
são paulo apóstolo
São Paulo, Apóstolo (5-67) foi um apóstolo de Cristo, um dos maiores propagadores do cristianismo. Autor de treze epístolas do Novo Testamento. Antes de se converter ao Cristianismo era conhecido como Saulo e perseguia os discípulos de Jesus nos arredores de Jerusalém.
São Paulo, Apóstolo nasceu em Tarso, na Cilícia (atual Turquia), no ano 5 da era cristã. Tarso era um próspero centro mercantil e intelectual do mundo romano. Recebeu dois nomes, Saulo – hebreu e Paulo – romano. Seus pais eram judeus, mas gozavam dos privilégios da cidadania romana.
A conversão de São Paulo é uma das mais importantes da história da Igreja. Mostra o poder da graça divina, capaz de transformar Saulo, perseguidor da Igreja, no “Apóstolo Paulo” por excelência, que tem a iniciativa da evangelização dos pagãos. Ele próprio confessa, por diversas vezes, que foi perseguidor implacável das primeiras comunidades cristãs.
Por causa disso atribui a si mesmo o título de “o menor entre os Apóstolos” e ainda, de “indigno de ser chamado Apóstolo”. Mas Deus, que conhecia a sua retidão, tornou-o testemunha da morte de Santo Estevão, cena descrita nos Atos dos Apóstolos. A visão de Estevão apontando para os céus abertos e Cristo, aí reinando, domina a vida toda de Paulo, o grande missionário do Cristianismo.
Encontramos, no capítulo 9 dos Atos dos Apóstolos, o testemunho: “Enquanto isso, Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao príncipe dos sacerdotes e pediu-lhes cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos, a Jerusalém, todos os homens e mulheres que seguissem essa doutrina. Durante a viagem, estando já em Damasco, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’. Saulo então diz: ‘Quem és, Senhor?’. Respondeu Ele: ‘Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro te é recalcitrar contra o aguilhão’. Trêmulo e atônito, disse Saulo: ‘Senhor, que queres que eu faça?’ respondeu-lhe o Senhor: ‘Levanta-te, entra na cidade, aí te será dito o que deves fazer’”.
O interessante é que o batismo de Saulo é apresentado por Ananias, um cristão comum, mas dócil ao Espírito Santo. Duas festas litúrgicas foram criadas em homenagem a São Paulo. A primeira em 25 de janeiro, foi instituída na Gália, no século VIII, para lembrar a conversão do Apóstolo e entrou no calendário romano no final do século X. A segunda, lembrando o seu martírio a 29 de junho, juntamente com o do Apóstolo São Pedro, foi inserida no santoral (livro dos santos da Igreja Católica) muito antes da festa do Natal e havia desde o século IV o costume de celebrar neste dia três Missas.
São Judas Tadeu
Em primeiro lugar, é importante que você saiba que Judas Tadeu é um dos doze apóstolos, e que ele era primo de Jesus Cristo, uma vez que era filho de Cléofas (irmão de São José) e de Maria de Cléofas (irmã de Nossa Senhora).
São Judas era irmão de São Tiago (menor) e de São Simão, ambos discípulos de Jesus. O nome Judas significa “Deus seja louvado”.
Além disso, alguns estudiosos acreditam que São Judas tadeu é o noivo do casamento em Caná da Galileia, onde Jesus realizou seu primeiro milagre transformando água em vinho.
Além disso, São Judas escreveu a menor das cartas do Novo Testamento que é conhecida como “A Carta de Judas”. Ele tinha muito cuidado em preservar a sã doutrina sobre Nosso Senhor Jesus Cristo, e por isso, é que ele pregava muito contra os falsos profetas.
Simão e Judas foram martirizados na Pérsia, na cidade de Sufian.
Eles foram mortos por pregarem destemidamente a fé em Jesus Cristo. Por causa da pregação deles, grande foi o número de persas que se converteram ao cristianismo. Isso incomodou os poderosos da Pérsia. Por isso, foram condenados à morte. Vários estudiosos das escrituras acreditam que São Judas foi decapitado por carrascos que usavam como ferramenta o machado afiado.
Muitos se converteram ao verem o testemunho destemido de São Judas diante da morte. O corpo de São Judas está sepultado na Basílica de São Pedro, no Vaticano. O Papa Paulo III escreveu uma bula concedendo indulgência plenária para todos aqueles que rezarem em seu túmulo no dia 28 de outubro, dia da sua festa.
E por isso, pela forma como ele foi morto, é que São Judas é representado segurando o machado.
Por ter o mesmo nome que Judas, o Iscariotes, São Judas Tadeu muitas vezes é confundido com ele, e por isso, a devoção a ele não era muito difundida, até que Nosso Senhor Jesus Cristo apareceu a Santa Brígida da Suécia e lhe disse que para ela alcançar a graça desejada, deveria rezar a São Judas Tadeu, pois ele queria conceder graças às pessoas do mundo todo, por meio desse santo.
Por isso, ainda hoje, a devoção a São Judas Tadeu é forte em todo o mundo, e são tantas as graças alcançadas pela intercessão do Santo que ele é conhecido como o advogado das causas perdidas ou difíceis de serem resolvidas.