O que é justificação?
A justificação, segundo a doutrina católica, e a passagem do estado de pecado para o estado de graça.
E quando Deus por pura misericórdia nos cura purifica e nos torna filho nos dando uma vida nova não e algo que conquistamos por nos mesmo mais e um dom gratuito que recebemos pelo meio da fé e dos sacramentos especialmente o Batismo. (A Graça santificante, que recebemos de Deus nos torna capazes de viver como filhos d´Ele).
E essa Graça que nos faz, fazer o bem e amar, perdoar e fazer o certo. O mérito acontece quando cooperamos com essa Graça e respondemos livremente ao chamado de Deus. Não é um prêmio mais é o amor de Deus agindo em nós.
A justificação e o início de uma nova vida não se trata de ser justo, mas de ser realmente transformado pela Graça de Deus, essa transformação começa pela fé em nossas atitudes. A fé e a porta de entrada e sem ela não conseguimos atender a Graça que ele quer nos dar, nem ter um relacionamento verdadeiro com o Senhor ( Hb 1,1-6).
Por que a fé e a resposta para o chamado de Deus?
É porque e Ele quem toma a iniciativa nos procura Ele nos convida a salvação, mas cabe a nós darmos uma resposta livre, Crer e confiar, entregar e dizer com o coração “Senhor eu confio em ti e quero viver segundo a tua vontade”. Essa fé não e acreditar apenas que Deus existe e algo mais profundo e uma adesão pessoal a ele que transforma a forma como vemos a vida e as pessoas e até mesmo as dificuldades e a fé que abre nossos olhos para vermos o agir do Senhor, sem ela ficamos fechados em nós mesmos incapazes de acolher o que Deus tem para nós.
Por isso a fé não e só o começo do caminho Cristão, mas também o fundamento de toda a nossa jornada tudo o que vivemos como Cristãos os atos de caridade nossa participação nos sacramentos nossa luta contra o pecado nasce da fé e se apoia nela, a fé que transforma o coração não fica parada, mas em atitudes concretas.
Amar a Deus sem amar ao próximo e uma ilusão. “A fé sem obras é morta”. (Tg 2,14-16).
Aqui ele não nega a fé, mas ele diz que ela precisa ser acompanhada de ações. “Não basta dizer que acredita em Deus e seguir vivendo como se Ele não existisse”. Se a fé não nos leva a fazer o bem a ajudar os necessitados e ser honestos e justos e misericordiosos então ela e como uma arvore sem frutos está viva apenas na aparência mais não tem raiz verdadeira, a fé impulsiona a agir sair de nós mesmos e amar com gestos concretos. ”O mérito das boas obras pertence antes de tudo à Graça de Deus, e só depois à cooperação do ser humano” (CIC 1460).
As boas obras não são uma tentativa de “comprar” a salvação, mas uma consequência natural de quem foi alcançado por Deus, e que viver segundo o evangelho são o fruto visível de uma fé viva e sincera no fim seremos julgados não apenas pelo que acreditamos, mas também por aquilo que fazemos. E exatamente aquilo que vemos em (Mateus 25,31-46). Ele se apresenta como o Rei Glorioso, que volta no fim dos tempos para julgar todas as nações.
O critério do julgamento e claro “Tive fome e me deste de comer, tive sede e me destes de beber…”
Não se trata apenas de uma relação entre “eu e Deus”, mas de um compromisso com o outro. Nossas ações nos revela o quanto amamos o Senhor que se traduz em caridade, jesus não está interessado em discurso mas em corações que se deixaram moldar e mãos que se estendem para aliviar o sofrimento alheio e por tanto no juízo final não se trata do que cremos com os lábios mas o cremos, com o coração o caminho para o céu passa pelo amor ao próximo e nesse amor simples esta nossa fidelidade a Cristo, então fé e obras não estão em caminhos opostos elas estão juntas ela opera pela caridade (Gl 5,6) não se trata de escolher entre fé e obra mas que a fé verdadeira nos leva a agir.
O concilio de Trento (1545-1563) diz que “ Somos justificados primeiramente pela Graça de Deus que nos alcança sem que mereçamos. E Ele quem da o primeiro passo… No entanto, a resposta do ser humano também e necessária. Deus não nos salva sem a nossa livre cooperação.
Por Flávio Alexandre – Consagrado da Comunidade Fidelidade